Uma das principais causas de superlotação nos serviços públicos de urgência envolve a falta de conhecimento dos pacientes quando surge um sintoma. Não se sabe, em geral, quando procurar o pronto-atendimento ou um ambulatório.
Essa dificuldade em definir a real urgência no atendimento é a grande responsável pelo aumento das filas no pronto-atendimento, levando a maior tempo de espera. Com isso, o paciente que realmente apresenta afecções graves e necessidade de atendimento de urgência leva mais tempo para ser atendido. Além disso, pacientes sem real urgência de atendimento não receberão o atendimento adequado nas unidades de pronto-atendimento, muitas vezes saindo sem a resolução do seu problema, que deveria ser buscada em regime ambulatorial.
Tudo isso culmina em má utilização de recursos públicos em saúde. Essa situação está documentada: estudo realizado em 2015 pelo Hospital Universitário Cajuru de Curitiba mostrou que 81% dos Curitibanos não sabiam diferenciar as finalidades de cada instituição de saúde dentro do SUS. Em 2017, a situação se mantinha: entre 60 e 70% dos atendimentos em nove UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) de Curitiba poderiam ser resolvidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS). O aplicativo Coronavírus-SUS, ao perceber esses problemas, agravados pela pandemia, tenta otimizar este fluxo. Apresentou alta capacidade de adesão do público a este tipo de sistema, demonstrado através do expressivo número de downloads, que chega a mais de 5.000.000 em dispositivos Android. Contudo, é específico apenas para o COVID-19 e não para outras morbidades.
Desenvolvemos um sistema capaz de auxiliar a população na definição do grau de urgência nos atendimentos. O fluxo da aplicação segue os seguintes passos:
Nossa metodologia de triagem é realizada de modo redutivo e através de discriminadores, isto é, o mesmo formato utilizado no Protocolo de Manchester (principal protocolo de triagem presencial). Como nossa triagem é apenas virtual (não contamos com sinais vitais), utilizamos como discriminadores os sinais de alarme: sintomas que indicam gravidade e contemplam validação consolidada na literatura médica. Eles possuem alta sensibilidade em detrimento de menor especificidade, ou seja, pecam pelo excesso, zelando o paciente.
Apesar desses sinais serem clássicos, eles não estão disponíveis de modo estruturado. Foi necessário longo período de revisão científica, realizada por dois médicos com experiência em urgência e emergência. O algoritmo de triagem consiste numa árvore decisória. Não foram registrados erros de não direcionamento de pacientes com situação urgentes. A taxa de erro está totalmente alocada no encaminhamento de algumas situações sem urgência. Dessa forma, houve resolução apenas parcial (mas relevante) da procura errônea.
Para mais informações é possível acessar nossa página no LinkedIn ou entrar em contato conosco pelo email guilherme@consultasintomas.com